segunda-feira, 7 de maio de 2012

A Verdade sobre Mentiras


Após alguns dias sem nenhuma inspiração para escrever. Me veio a sensação de bem estar. Logo, percebi que era mentira.

Mentimos pra viver, vivemos pra mentir. Mentiras estão presentes em nossas vidas desde quando nascemos. Talvez tenhamos nascido de uma mentira. Somos frutos de mentiras. Mentimos quando dizemos "sim", quando dizemos "não". Mentimos quando dizemos algo. Mentimos quando omitimos. Mentimos de propósito. Mentimos sem querer. Mentimos quando inventamos. Inventamos quando mentimos. Então por que é tão errado mentir???



Em nossa mente há um "departamento" de "mentiras automáticas". Algumas mentiras cotidianas, por exemplo:

Como vai você??
Estou bem.
Adorei essa roupa, combina com você.
Chego em 10 minutos.
Não tem problema.
Claro que meu cabelo é assim.
Estou estudando.
Amiga, adorei a foto.
Claro que sei que dia é hoje.
Não posso falar agora.
Você é meu melhor amigo(a).
Te amo. - esta é a mais clássica de todas. -

Tudo isso - e muito mais - serve de exemplo. Algumas são mais utilizadas, outras guardadas para momentos estratégicos. Ninguém diz somente verdades. O único problema da mentira é quando a mesma é desmascarada. Muitos tentam ser um bom mentiroso. Como uma "tática de sobrevivência", mentir bem é um requisito na selva em que vivemos. Se todos falassem a verdade o mundo seria muito mais caótico.



Mentiras constroem conceitos. Conseguem reunir um exército. Formam religiões. Te dão convicção de superioridade. Elegem deputados e governantes. Mentiras dominam o mundo. Novamente pergunto: por que é tão errado mentir???

Existem mentiras boas. Pessoas que PENSAM QUE DIZEM somente verdade, não são bem aceitas. Em uma sociedade construída com bases de areia, os "fortes" não são aceitos. Quando alguém pergunta como vai a vida, provavelmente não liga para sua resposta. Quando você responde para alguém que está tudo bem, você não liga para a pergunta. Mas se, ao invés de mentir, você responder a verdade, muitos não estarão preparados para isso.



Se mentir fosse tão ruim, não mentiríamos para quem "amamos". Quantas vezes você mente em um único dia, sem a menos perceber. A verdade destrói mais do que constrói. Mentiras aceitáveis são as mentiras universais. Algumas das que citei anteriormente.

O mais importante é não viver suas próprias mentiras. Mentimos para nós mesmos. Como um mecanismo de defesa. Eu chamo isso de "otimismo". Otimismo é a maior mentira que alguém pode contar. Não estou dizendo que você deva ver o que pode dar errado em tudo, mas não deve contar sempre com o certo em tudo. Vivemos em um mundo onde "tudo" dá mais errado do que certo. Sabemos disso. Entendemos isso. Mas não "acreditamos" nisso.



A dura verdade é que mentimos e não admitimos isso. Aqui encontramos a maior mentira de todas: a hipocrisia. Não, você não é uma pessoa verdadeira. Eu não sou uma pessoa verdadeira. A sociedade não é verdadeira. A TV não é verdadeira.

Sua mãe mente pra você. Seu amigo mente pra você. Eu minto pra você. Você mente pra você. Nós mentimos para todo mundo.

Claro que depois disso, todos vão pensar que estou defendendo a mentira. Estou fazendo exatamente o oposto. Dizer a verdade é importante, mas a mentira é um mal necessário. Muitas verdades foram baseadas em mentiras. Muitas mentiras hoje são verdade. Muitas verdades se provaram mentiras.


Se "o Diabo é o pai da mentira", logo o que somos ao mentir???? "Filhos do Diabo"????
Não, somos apenas humanos. Pessoas têm defeitos, mentira é só um defeito em comum.
Não devemos mentir. Não devemos dizer somente a verdade. Não devemos nos omitir. Devemos ter ciência dos nossos atos e palavras. Avaliar se algo dito em certo momento terá as consequências esperadas. Medir nossos atos e responsabilidades.

Concluindo este texto, chego a pensar em quantas mentiras contei até aqui. Alguns tomarão como verdade. Outros apenas ignorarão. Uma coisa eu posso assegurar, eu não minto.

Gostaria de agradecer a fidelidade dos meus sete leitores.
Comentem, critiquem, sugiram temas.


Texto escrito por Thiago.
Revisado e corrigido por Fernando Pontes.


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