sexta-feira, 30 de março de 2012

Senso de humor

Você tem "senso de humor"???
Pelo fato de a grande massa presumir que "piadas" engraçadas são situações armadas de vidas que não existem em um cotidiano verdadeiro. Nos colocamos em uma posição delicada. Uma corda bamba na qual "devemos" decidir o que é "certo" ou "errado".



Em minha humilde opinião, vejo a sensibilidade desnecessária das pessoas de hoje. Tudo que não é engraçado para um se torna motivo de crítica ou mesmo protesto. A palavra "senso" é bem mais do que saber o que de fato é engraçado. Em uma vertente mais ampla, deve-se ter o senso de saber qual a intenção. Se o "ataque" é pessoal ou indireto. Uma pessoa sem senso não conseguiria ao menos saber se algo que lê a ofende ou não. Passa os olhos por tudo e não vê nada. Assim como um animal perdido em sua própria jaula procura o caminho, uma pessoa sem senso não entende a informação latente em seu consciente.

Uma das formas mais interessantes de "humor" é o sarcasmo. Eu sempre quis dominá-lo. Uma forma indiretamente "sutil" de expressar uma opinião. Quase sempre agressiva com o intuito de realmente ofender o leitor ou o ouvinte. Carregado de deboche, um comentário sarcástico pode muitas vezes ser entendido somente algum tempo depois. Implantado no subconsciente do pobre infeliz que não tenha noção ou discernimento para captar uma possível mensagem. Mesmo alguns muito "experientes" no uso ou dedução se tornam incapazes como mulas em um curral, deixando passar despercebida a ofensa que lhe foi referida. Um bom exemplo de curral é a internet. "Obrigando a vítima a pensar", o autor de tal comentário muitas vezes se torna o centro dos risos. Por ser mal compreendido, se passa por lesado em suas próprias palavras. Afinal, contar com a inteligência do próximo nem sempre é um plano prudente.



Passando para um assunto similar: o que seria o humor negro???
Uma piada que não deveria ser feita, mas foi. Um comentário sobre algo politicamente incorreto. Quem sabe um pensamento que todos compartilham, porém, por medo de retaliação, não é proferido.

Seria mesmo engraçado rir de alguém em uma cadeira de rodas???
Lutar por aceitação e igualdade é querer participar da roda de piadas. Onde todos riem, ri-se de todos. Privar o pobre aleijado de uma risada é preconceito. Rir do branco que cai de bicicleta é legal. Rir do negro que tomou uma rasteira durante a fuga não é errado também. Quando um maratonista cai, todos riem, mas quando um rapaz de muletas cai, o silêncio predomina. Isso é preconceito!!! Depois que quebrarem uma lâmpada na sua cara, você não vai achar graça. Se fosse um pouco mais burro, sangraria. Qual a vantagem de ser melhor se não puder ostentar???



Concluindo esse breve texto, gostaria de deixar algo para que alguns pudessem meditar:
Sendo engraçado ou não, você não precisa rir de tudo. Não precisa criticar tudo. Não precisa ler tudo. Não precisa dizer que não gostou de tudo. Sua opinião nem sempre é tão importante quanto você pensa. Isso vale pra mim. Alguém com certeza deve ter me xingado, outros devem ter dado risada. Para o segundo possível grupo, esses entenderam o que eu quis dizer: parabéns!!! Você é menos idiota que a média.


Tenha senso de humor.



Texto escrito por Thiago.
Revisado e corrigido por Fernando Pontes.

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terça-feira, 20 de março de 2012

Complain


Quem sabe agora você se sente preso em uma sala, dentro da sua cabeça. Tentando mandar uma mensagem para alguém que nem mesmo conheça. As coisas mudando ao seu redor, o mundo em movimento e você parado. Olhando pra parede, tentando imaginar como seria diferente se você fosse outra pessoa. Se tivesse outra vida... como seria... o que faria... com quem conviveria.

É um pensamento meio confuso se for  repassado assim com rapidez.
Mas quem nunca quis ser outra pessoa!?!? Mesmo que não queira, quem nunca se imaginou com outra personalidade?
Fazendo coisas que "nesta" vida são impossíveis pra você. Claro que não me refiro a dinheiro. Falo de um aspecto mental, uma forma simples de pensar. Existem aqueles que sempre sorriem. Inabaláveis em suas convicções de que a vida é boa não importa o que aconteça. Mesmo assim, alguns acham que a vida é uma rosa, que por trás de sua beleza existem os espinhos. Em contrapartida, existem os que não vêem nada de amigável. Apenas uma série de fatos aleatórios que causam pouco bem ou quase sempre muito mal. Obviamente me encaixo no terceiro grupo citado.



Pensando por esse aspecto pessimista de ver o mundo. Em profundas reflexões, sempre me pergunto o que motiva as pessoas a serem tão otimistas. Não entendo quais seriam as motivações de um amanhã melhor, se o "hoje" não te faz pensar dessa maneira. Até que me veio uma possível "resposta" em mente.

Reclamar é muito fácil. Poderia listar pelo menos cinquenta problemas comuns que todos têm. Nem todos reclamam dos mesmos problemas, mas todos reclamam. Alguns reclamam mais, outros menos, mas todos têm as suas lamentações. Em dias diferentes, em lugares diferentes, em períodos diferentes e ainda assim os mesmos problemas. O interessante disso tudo é que o MEU PROBLEMA SEMPRE É MAIOR QUE O SEU.

Eu reclamo. Tu reclamas. Ele reclama. Nós reclamamos. NADA MUDA!!!!

É tão fácil reclamar. Reclamamos por ficar ou sair, por chegar ou não ir; por fazer e não fazer;  por ouvir ou falar. Agora mesmo, estou reclamando por tanto reclamar.
Mas se todos reclamam, por que reclamam das mesmas coisas???
Não seria mais proveitoso agirmos em silêncio ao invés de ficarmos neste estado de completa inércia???
A quem devemos culpar por nossa condição estagnada???

Começa então a antiga, porém real, lei da "ação e reação". Quem sabe uma simples atitude possa gerar um grande resultado. Pode ser um final bom ou um ruim, mas não existe nenhuma conclusão, para quem fica parado.



Por fim, retorno ao principal questionamento:
Qual a motivação para seguir em frente???

Independente da sua motivação é ela que vai te fazer "andar". O tempo passa. Quer você se movimente quer fique parado, o tempo sempre passa. "Eu tô velho demais pra isso, vai demorar um ano ainda.". Um ano vai passar e você fica parado.



O que me motiva me faz agir, agindo me aproximo, me aproximando me animo, me animando me esforço, me esforçando consigo, ao conseguir paro de reclamar.

A vida é simples, a gente que complica.


Texto escrito por Thiago.
Revisado e corrigido por Fernando Pontes.

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quinta-feira, 8 de março de 2012

Solidariedade???


     Esse ano começou mal para alguns amigos meus e também pra mim. Algumas tragédias pessoais que surgiram com a velocidade e a força de um raio. Atingindo não só o físico, mas também humores e emoções.
     O que fazer quando não se pode fazer nada???
     A quem poderia recorrer???
     Alguém se prontificaria a me ajudar??? Se sim, como poderia me ajudar???

     Partindo desse princípio, o que motivaria uma pessoa a ajudar outra???

     Às vezes, me sinto como se tudo no mundo girasse em torno de interesses pessoais. Ninguém baseia uma ação por apenas fazer o “bem”. As motivações são estritamente pessoais. Ao invés de ajudar por ser o certo, ajuda-se tão somente para sentir-se bem. Valores são substituídos por sensações. Tentando preencher um vazio de si próprio. Aquilo que fazemos, FAZEMOS POR NOS FAZER BEM. Se ao menos pudéssemos imaginar o que existe por trás de cada ato de “caridade”. Quem sabe ficaríamos horrorizados, ou mesmo surpresos! Pessoas que se acham “boas” por ajudar uma senhora a atravessar a rua. Não é questão de facilidade, e sim de dever. Fazemos o que é fácil porque o fácil nos convém.

     O que vejo hoje não só no Brasil, mas no mundo, é uma moléstia social.
     Onde é incomum ajudar ou se mobilizar pra ajudar alguém. E eu não me refiro a compartilhar fotos em redes sociais. Isso NUNCA mudou nem MUDARÁ nada!!! Não você não está fazendo a sua parte.
     Então qual é a minha parte???
      Isso só você pode dizer. Nós estabelecemos nossos próprios limites. Quando alguém dá esmola pra um menor abandonado comprar pão-CRACK- e acha que isso é a sua parte, ótimo. Se alguém te pede pra carregar as sacolas pesadas do mercado e assim é feito, maravilha... você fez a sua parte.

    Mas então eu pergunto:

     Você fez a diferença??? Você será lembrado por ajudar uma senhora a atravessar a rua??? Por carregar o caderno de alguém quando o ônibus está cheio??? Será respeitado por compartilhar fatos banais sobre animais mortos, reality shows e outras baboseiras???

     A verdade é que ninguém quer sujar as mãos. Quando percebemos que nossa “ajuda” não é o suficiente, simplesmente desistimos de ajudar. Colocamos dificuldades, inventamos desculpas. Mas existe um ponto que passa despercebido: nos escondemos atrás de nossas justificativas e isso faz com que nos sintamos bem. Traz um certo alívio a uma consciência facilmente manipulada. Mas e se amanhã o jogo virar??? Se amanhã eu precisar de uma ajuda ou favor que neguei, como será???

     Disso tudo eu tiro somente uma certeza: não faz quem pode e sim quem quer.
     Muitos podem e têm condição, mas se negam a compartilhar.
Quem sabe você que leu este texto, lhe veio à mente algo que poderia ter sido feito e não foi. Quem sabe achou que eu me referi a dinheiro. Uma ajuda não se limita a isso, um sorriso, um aperto de mão, uma mensagem de texto, uma conversa ou somente ouvir. Tudo feito de forma em que quem precisa possa se sentir bem. Algo que possa afastar esse vazio que todos têm. Não devemos limitar, devemos fazer o necessário.

(Centavos ou um sorriso.)

     Tudo que você precisa agora está em você. Mas de uma coisa eu tenho certeza, nós precisamos mais de ações do que de milagres.


Texto escrito por Thiago.
Revisado e corrigido por Fernando Pontes.

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sexta-feira, 2 de março de 2012

Reflexão


Eu tinha este texto já há algum tempo. Retratando a falta de valor aos pequenos detalhes da vida que deixamos passar.

A “vida” é um conjunto de vidas. Todas presenciando o mesmo momento com visões de ângulos diferentes. Muitas vezes, sentindo o peso do mundo em nossos ombros, com problemas, contas, preocupações... esquecemos de olhar pro lado. A vida é como um ônibus, onde todos estão na “mesma” situação, mas em “lugares diferentes”.
Tudo é tão simples, tão frágil. Quando o ônibus passa em um lugar X, você tem uma percepção disso, o que você não percebe é: as outras pessoas têm diferentes visões do mesmo momento. Todos partilharam de um lugar, porém com outros pensamentos.
Alguns pensando na família, outros no carro, no imbecil que está ouvindo funk alto, outros ainda no lugar que acabou de ser deixado para trás.

Por muitos momentos nos sentimos rastejando nas cinzas de outras vidas. Não temos dimensão do que nos espera ao fim de nossas vidas. Falando de um ponto de vista não religioso e não cético: O que existe no final de tudo?!?!

Somos recipientes de lembranças, emoções, conhecimentos, sentimentos, mas quando a vida acabar, tudo que conservamos durante nosso tempo é perdido. Não existe forma de resgatar informações pessoais. Os nossos segredos morrem conosco. As pessoas que amamos, conhecemos, convivemos, ignoramos, odiamos, as que nem ao menos conhecemos, todas serão esquecidas. A vida realmente prossegue de forma implacável.
Deixando pra trás tudo que por ela passa. Sem remorso ou piedade, tudo é liberto no passado, onde permanece pra sempre. Contando apenas com aqueles que nos cercam, podemos viver “pra sempre”. Mas quanto tempo dura “pra sempre”???

Em um turbilhão de pensamentos e emoções confusas, que é a mente humana, procurando por um espaço pra descansar. Quem sabe até refletir sobre o que é a vida. Todos em algum ponto da existência pararam para se perguntar: Qual o sentido disso tudo???
Talvez nunca saibamos, talvez possamos descobrir com o tempo. O que importa é que estamos aqui, agora. Dentro do mesmo ônibus, onde passamos por vários lugares, passamos por outras pessoas, ficamos ao lado de pessoas interessantes, outras nem tanto. Viajaremos por horas, dias, anos, mas todos vão parar em algum lugar. Uns infelizmente deixarão um lugar que nunca será ocupado novamente. Descerão em pontos que não entenderemos. Vamos gritar, chorar, não aceitaremos, mas assim é a vida, ela não para.

Pessoas são únicas por serem diferentes. A vida é simples enquanto se pode viver, nós a complicamos.










Texto escrito por Thiago.
Revisado e corrigido por Fernando Pontes.

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